segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O sindicato emitiu 112 Comunicações de Acidentes de Trabalho no ano passado

Durante o ano de 2013 foram emitidas 112 CATs pelo sindicato, todas entregues aos trabalhadores. Esta foto é do primeiro grupo que recebeu as CATs, no mês de maio.

      Um dos grandes problemas enfrentados pelos trabalhadores nos frigoríficos é a sub-notificação, isto é, trabalhadores que adoeceram por causa do trabalho são encaminhados ao INSS como portadores de doenças não relacionadas ao trabalho. Ou, ainda, as empresas agem de forma pior, nem sequer encaminhando o trabalhador à previdência social, ou seja, não aceita o adoecimento e deixa que o trabalhador continue na linha de produção sob medicação.
            Muitos trabalhadores relatam que os médicos e técnicos de segurança das empresas dizem que a doença foi ocasionada pelo trabalho doméstico, como lavar roupa, lavar louça, lavar carro ou carregar filhos no colo, entre tantas outras justificativas absurdas. Entretanto, doenças como tendinite, bursite ou síndrome do túnel do carpo surgem devido ao trabalho repetitivo e sem pausas para descanso dentro do frigorifico.
           Diante dessa situação, o Sitracarnes contratou um médico do trabalho, o Dr. Roberto Ruiz, para promover o cuidado com a saúde, uma das promessas de campanha da atual diretoria. O Dr. Roberto começou a atuar no sindicato em janeiro de 2013, e até o final do ano foram abertas 112 CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho). Todas essas CATs abertas através do sindicato foram negadas pelas empresas aos trabalhadores. A maioria delas é proveniente de trabalhadores da BRF-Sadia.

Na entrega das CATs aos trabalhdores, a direção do sindicato e o Dr. Roberto Ruiz também conversam com os trabalhadores, explicando diversos assuntos e respondendo perguntas. Esta foto é do terceiro grupo que recebeu as CATs, em outubro.

             Benefícios
       Quando o afastamento do trabalhador acontece por motivo de doença ocupacional reconhecido, isto gera alguns benefícios aos trabalhadores, como: um ano de estabilidade no emprego após receber alta do INSS e o depósito do fundo de garantia durante o tempo que estiver afastado. Isso está previsto na a lei 8.213, de 1991. Porém, se o afastamento acontecer por doença considerada comum, ou seja, não relacionada ao trabalho, o trabalhador não tem direito aos benefícios.

            Procure o sindicato
         Se os trabalhadores das agroindústrias de Chapecó estão adoecendo e a empresa não reconhece, estes devem procurar o sindicato. O Dr. Roberto Ruiz promove mutirões em finais de semana e avalia os casos clínicos. O trabalhador deve levar possíveis exames que já tenha feito. Se o trabalhador for portador de doença e o médico constatar exposição a riscos ocupacionais, o Sindicato emitirá a CAT.

         Mais informações no sindicato, pelos telefones (49) 3322-4324 e 3322-5660, ou diretamente na sede, na Rua Benjamin Constant (calçadão), 440-D.