Durante o ano de 2013 foram emitidas 112 CATs pelo sindicato, todas entregues aos trabalhadores. Esta foto é do primeiro grupo que recebeu as CATs, no mês de maio. |
Um dos grandes problemas enfrentados
pelos trabalhadores nos frigoríficos é a sub-notificação, isto é, trabalhadores
que adoeceram por causa do trabalho são encaminhados ao INSS como portadores de
doenças não relacionadas ao trabalho. Ou, ainda, as empresas agem de forma
pior, nem sequer encaminhando o trabalhador à previdência social, ou seja, não
aceita o adoecimento e deixa que o trabalhador continue na linha de produção
sob medicação.
Muitos trabalhadores relatam que os
médicos e técnicos de segurança das empresas dizem que a doença foi ocasionada
pelo trabalho doméstico, como lavar roupa, lavar louça, lavar carro ou carregar
filhos no colo, entre tantas outras justificativas absurdas. Entretanto,
doenças como tendinite, bursite ou síndrome do túnel do carpo surgem devido ao
trabalho repetitivo e sem pausas para descanso dentro do frigorifico.
Diante dessa situação, o Sitracarnes
contratou um médico do trabalho, o Dr. Roberto Ruiz, para promover o cuidado
com a saúde, uma das promessas de campanha da atual diretoria. O Dr. Roberto
começou a atuar no sindicato em janeiro de 2013, e até o final do ano foram
abertas 112 CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho). Todas essas CATs
abertas através do sindicato foram negadas pelas empresas aos trabalhadores. A
maioria delas é proveniente de trabalhadores da BRF-Sadia.
Benefícios
Quando o afastamento do trabalhador
acontece por motivo de doença ocupacional reconhecido, isto gera alguns
benefícios aos trabalhadores, como: um ano de estabilidade no emprego após
receber alta do INSS e o depósito do fundo de garantia durante o tempo que
estiver afastado. Isso está previsto na a lei 8.213, de 1991. Porém, se o
afastamento acontecer por doença considerada comum, ou seja, não relacionada ao
trabalho, o trabalhador não tem direito aos benefícios.
Procure o sindicato
Se os trabalhadores das
agroindústrias de Chapecó estão adoecendo e a empresa não reconhece, estes
devem procurar o sindicato. O Dr. Roberto Ruiz promove mutirões em finais de
semana e avalia os casos clínicos. O trabalhador deve levar possíveis exames
que já tenha feito. Se o trabalhador for portador de doença e o médico
constatar exposição a riscos ocupacionais, o Sindicato emitirá a CAT.
Mais informações no sindicato, pelos
telefones (49) 3322-4324 e 3322-5660, ou diretamente na sede, na Rua Benjamin
Constant (calçadão), 440-D.