Os trabalhadores das agroindústrias
de Chapecó definiram a pauta de reivindicações que será levada à mesa de
negociação com as empresas na campanha salarial desse ano. A assembleia foi
organizada pelo Sitracarnes (Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de
Carnes e Derivados de Chapecó), sendo realizada no último domingo, dia 13 de
abril.
Cláusulas econômicas
Entre as reivindicações aprovadas
por unanimidade está ganho real de 5%; piso salarial de R$ 1.300,00; adicional
noturno de 30%; auxílio creche de R$ 400,00; transporte gratuito e vale
alimentação de R$ 200,00, sendo estendido também aos trabalhadores afastados.
Outra reivindicação é que as mulheres recebam o mesmo salário dos homens quando
desempenham a mesma função.
Outras cláusulas
Ainda, os trabalhadores vão
solicitar a redução da jornada de trabalho de 8h48min para 8h diárias, sem
redução de salário; que seja viabilizada creche em horários alternativos para
os trabalhadores que fazem jornadas diferenciadas e que o trabalhador receba o
bilhete do registro de ponto, indicando o horário de entrada e saída. Os
trabalhadores também querem que em caso de contratação de estrangeiro, o
contrato seja efetuado no idioma do trabalhador.
Questões relacionadas à saúde
Em questões de saúde, estão inclusos itens como
a licença maternidade de seis meses e que as empresas aceitem os atestados
médicos dos profissionais conveniados e dos não conveniados, além da assinatura
dos Comunicados de Acidentes de Trabalho (CATs). Outra reivindicação é que a
empresa remunere o trabalhador afastado por acidente de trabalho quando este
não receber do INSS – só é assegurado do INSS o trabalhador que possuir pelo
menos um ano de contrato.
A partir da assembleia, o
Sitracarnes organizará a pauta de reivindicações e encaminhará para as diversas
agroindústrias da base do sindicato. Somente depois disso começam a ser
agendadas as reuniões de negociação.
Entrega de CATs
No final da assembleia, os diretores
do sindicato também realizaram a entrega de Comunicados de Acidentes de
Trabalho (CATs) a trabalhadores que realizaram a abertura das mesmas com o
médico do trabalhado do sindicato. As CATs são abertas no sindicato quando a
empresa se recusa a reconhecer o adoecimento laboral. Somente no ano de 2013,
foram abertas mais de cem CATs no Sitracarnes.